O feito histórico em Porto Alegre
Na última semana, o ícone do skate vertical brasileiro, Sandro Dias, mais conhecido como "Mineirinho", provou que a idade pode ser apenas um número. Aos 50 anos, ele subiu ao topo de uma rampa especialmente construída em Porto Alegre e, diante de milhares de espectadores ao vivo e de uma audiência online, realizou quedas que superaram todos os registros anteriores.
O ponto de partida era o recorde mundial vigente de 64,04 metros. Com muita concentração, Dias lançou seu skate e, ao atingir 65 metros (aproximadamente 213 pés), batizou a nova marca como recorde mundial. Mas a surpresa não acabou aqui. Determinado a ir além, ele aceitou o desafio de um salto de 70 metros, algo que, segundo especialistas, jamais havia sido tentado.
A estrutura de segurança incluía um colchão inflável de espuma projetado para absorver o impacto de forma eficiente. Mesmo assim, o risco era gigantesco: mais força G, velocidade ainda maior e a necessidade de precisão cirúrgica na aterrissagem.
- Altura anterior: 64,04 metros;
- Primeira superação: 65 metros;
- Objetivo ousado: 70 metros;
- Equipamento de segurança: airbag de espuma de alta densidade.
Quando o cronômetro marcou a queda de 70 metros, a plateia explodiu em aplausos e gritos de incredulidade. Embora a tentativa ainda esteja sendo avaliada pelos oficiais do Guinness World Records, a própria Sandro confirmou que completou o salto sem danos, mostrando que a técnica adquirida ao longo de décadas pode compensar o desgaste físico natural.

Impacto no skate e na comunidade esportiva
Para o mundo do skate, a realização de Dias vai muito além de um número em livros de recordes. Ela redefine os limites de segurança e performance no vert, inspirando atletas mais jovens a explorar novas possibilidades. Treinadores e engenheiros de eventos já começam a analisar os dados coletados – tempo de queda, velocidade de impacto e comportamento do airbag – para melhorar as condições de futuro recordes.
Além do aspecto técnico, a história tem um forte componente motivacional. Muitos jovens skatistas que acompanham a competição relataram que o exemplo de um atleta de 50 anos desafiando limites extremos mudou a percepção sobre a longevidade nas modalidades radicais. "Eu sempre pensei que o skate era coisa de gente jovem. Ver o Mineirinho lá, tranquilo, fazendo isso, me dá força pra continuar treinando", comentou um estudante de 17 anos que assistia ao vivo.
Nas redes sociais, o vídeo da queda de 70 metros acumulou milhões de visualizações em poucas horas, gerando debates sobre segurança, preparação física e a necessidade de mais apoio institucional para eventos desse porte. Patrocinadores já manifestaram interesse em financiar próximos desafios, sinalizando que o skate pode ganhar investimentos semelhantes aos de outras modalidades olímpicas.
O legado de Sandro Dias, que já coleciona seis títulos mundiais de vert, ganha agora uma nova camada: o de pioneiro que provou que a experiência pode competir com a juventude nas arenas mais extremas. Seu nome, “Mineirinho”, volta a ser sinônimo de inovação, coragem e determinação.
Enquanto as comissões de registro analisam oficialmente a tentativa de 70 metros, a comunidade do skate já celebra o momento como um marco histórico. O que vem a seguir? Talvez novos projetos de rampas ainda mais altas ou a adoção de tecnologias avançadas de amortecimento. Uma coisa é certa: o espírito dos limites está mais vivo do que nunca, graças a Sandro Dias.