O segredo do Thunder: Defesa que sufoca
Se alguém duvida que defesa ganha jogo, é só olhar para o Thunder nesses playoffs. O time de Oklahoma City não só lidera a corrida pelo título da NBA 2025, mas faz isso mostrando uma solidez defensiva rara de ver. Nas primeiras três partidas das Finais, a equipe limita os adversários a incríveis 107,3 pontos por partida, algo que virou rotina ao longo da pós-temporada. E não é só número bonito: a marca está muito abaixo da média ofensiva de quase todos os rivais nas fases anteriores.
O trabalho coletivo chama a atenção, começando pela capacidade de forçar erros. São 15,2 turnovers forçados por jogo. É um pesadelo para qualquer armador entrar no garrafão ou tentar rodar a bola com o Thunder ativo em quadra. Jogadores como Luguentz Dort e Chet Holmgren ajudam muito, mas é Shai Gilgeous-Alexander quem dita o ritmo em ambos os lados.
O MVP da temporada parece ter energia inesgotável. Com 2,8 roubos de bola por jogo durante os playoffs e ainda mantendo 28,7 pontos por partida no ataque, Gilgeous-Alexander faz de tudo: pressiona na defesa, lê o passe, acelera contragolpes e ainda chama a responsabilidade ofensiva quando a bola queima na mão. Não à toa virou favorito absoluto ao prêmio de Jogador Mais Valioso — e motor da campanha.

Adaptação tática e favoritismo dos odds
Mesmo após a derrota no terceiro jogo para o Indiana Pacers — onde SGA ficou limitado a 'modestos' 24 pontos — as casas de aposta não mudaram de opinião. O Thunder segue favoritíssimo com odds de -650 para erguer o troféu. Para o quarto jogo, o moneyline aponta Oklahoma City com -230, provando que a confiança dos analistas segue intacta.
A explicação para tanto favoritismo está na versatilidade defensiva do Thunder. O time consegue alternar marcação individual e por zona facilmente, faz trocas no perímetro sem perder intensidade e obriga equipes focadas em arremessos longos a apostar em ataques forçados. Em vários momentos, o Thunder diminui o ritmo do jogo, impõe dificuldade e força arremessos contestados — daí os oponentes ficarem presos a 44,1% de aproveitamento nos arremessos.
Essa identidade vem sendo construída desde a temporada regular, mas chegou ao ápice em jogos grandes. O elenco jovem, mas experiente em playoffs, cresceu no momento certo. Mesmo atrás por 2 a 1 nas Finais, a sensação é de que Oklahoma City tem todas as cartas na manga para controlar o restante da série. A defesa sufocante virou o diferencial. Se continuar nessa pegada, não vai ser surpresa ver o time levantando a taça no fim das contas.