Falta de gols e desempenho fraco aceleram saída de Julinho Camargo
Depois de seis partidas seguidas sem ver a rede balançar, o Juventude não aguentou mais: Julinho Camargo foi oficialmente desligado do comando técnico do clube em 26 de agosto de 2018. O clima não era dos melhores há algum tempo, principalmente pela dificuldade crônica do time em marcar gols na Série B do Brasileirão. E a paciência acabou de vez, após reunião entre o treinador e os dirigentes do Juventude.
Julinho tinha assumido a equipe ainda sob a aura de esperança, logo após o clube dispensar Antônio Carlos Zago. Só que o roteiro não saiu como o planejado. Em 23 jogos sob sua batuta, o treinador somou só cinco vitórias, 12 empates e seis derrotas. A porcentagem de aproveitamento ficou em meros 39%. A direção do clube foi clara ao dizer que não foi só o desempenho recente que causou a demissão, mas sim uma análise do conjunto dos resultados desde sua chegada.
O mais gritante era mesmo o ataque improdutivo. Se você é torcedor, sabe: nada dói mais que uma sequência tão longa sem comemorar gol. O Juventude já vivia uma tensão na luta para fugir do perigo e sonhar com o acesso. Camargo não conseguiu dar a resposta em campo e logo o áudio das arquibancadas começou a pressionar. O time esteve preso, sem conseguir sair de um desconfortável oitavo lugar na tabela e sem sinal de reação, apesar das tentativas de mexida no elenco.
Da esperança ao adeus: breve passagem marcada por empates e expectativas frustradas
Quando chegou, Camargo era visto como o nome certo para mudar o destino do Juventude. Sua estreia foi logo em um clássico: o badalado duelo contra o Grêmio pela décima rodada do Gauchão, campeonato estadual do Rio Grande do Sul. A meta era ambiciosa: reerguer o time e buscar a tão sonhada vaga nos playoffs da Série B.
Na época, o Juventude estava apenas na oitava posição do estadual, com nove pontos, e precisava engatar uma sequência de vitórias para garantir lugar entre os oito primeiros. O treinador chegou agradecendo ao Veranópolis (VEC), time que precisou liberar seu contrato para que ele assumisse o desafio na serra gaúcha. Ele chegou a dizer que comandar o Juventude era uma das maiores oportunidades da sua carreira profissional.
O sonho, no entanto, esbarrou na dura realidade dos resultados. O excesso de empates — nada menos que 12 em 23 jogos — fez a equipe estacionar na tabela. O Juventude insistiu até o limite, talvez mais do que o torcedor queria. Mas, com a janela para reação se fechando, a direção optou pela troca. O clube prometeu anunciar nome de um novo treinador nos próximos dias, deixando o futuro do time em aberto e os torcedores à espera de um novo salvador capaz de transformar o sentimento de frustração em esperança na reta final da Série B.
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