Na estreia da IEM Chengdu 2025Chengdu, os times brasileiros FURIA Esports e paiN Gaming viveram noites completamente diferentes. Enquanto a FURIA, atualmente a #2 do mundo no CS2, avançou com autoridade contra a Lynn Vision Gaming, o paiN foi eliminado de forma surpreendente pelo Team Spirit — um dos favoritos do torneio. O evento, com prêmio de $1 milhão de dólares, começou em 2 de novembro de 2025 e já mostra o quão cruel pode ser o cenário internacional de esports.
Uma noite de glória para a FURIA
A FURIA Esports entrou em ação às 18:00 UTC do dia 2 de novembro, enfrentando a asiática Lynn Vision Gaming. Com o time completo: molodoy, yuurih, FalleN, KSCERATO e YEKINDAR, a equipe brasileira dominou o mapa Mirage por 16-8, mostrando química e precisão rara. FalleN, o veterano com passagem pela Astralis e por times europeus, foi o mais influente, com 34 kills e 1.54 de KD. A equipe não só venceu — impôs seu ritmo. E não parou por aí. Na sequência, enfrentou o vencedor do duelo entre G2 Esports e 3DMAX, que acabou sendo a G2. O confronto foi marcado para 23:00 UTC do dia 3, e virou um BO3 de elite: FURIA venceu por 2-1, avançando para as semifinais da Upper Bracket. É o melhor desempenho da equipe desde o título no Thunderpick World Championship 2025 — e a prova de que estão de volta ao topo.O pesadelo do paiN Gaming
Enquanto isso, o paiN Gaming enfrentava o Team Spirit às 06:00 UTC do dia 3. A partida começou com esperança: o paiN venceu o primeiro mapa, Inferno, por 16-14, em uma virada épica. Mas foi só. O Team Spirit, liderado pelo prodígio Donk, reagiu com frieza. No Nuke, o time russo fechou em 16-9, com Donk anotando 41 kills — um número que já entraria para os registros do torneio. No segundo mapa, o paiN perdeu a cabeça. Erros de posicionamento, comunicação falha e falta de adaptabilidade foram decisivos. A derrota por 16-11 em Overpass encerrou a trajetória da equipe na fase de grupos. Foi a segunda eliminação precoce em três torneios importantes: após 9-12º no CS Asia Championships e 5-8º na PGL Masters Bucharest, o paiN agora precisa repensar sua estrutura. O técnico não falou com a imprensa após a partida. O silêncio diz mais que qualquer declaração.Por que isso importa para o Brasil?
O cenário brasileiro de CS2 vive um momento de tensão. A FURIA, com patrocínio da Red Bull e apoio da Riot Games, é o símbolo da ascensão. Já o paiN, que já foi campeão mundial em 2021, parece estar em crise de identidade. O fato de ambos terem sido os únicos representantes sul-americanos na IEM Chengdu mostra o peso da responsabilidade. Eles não jogam só por si — jogam por um país que tem mais de 15 milhões de jogadores de CS2, segundo a Newzoo. A FURIA, com seu estilo agressivo e base técnica, pode ser o futuro. O paiN, com sua tradição e nostalgia, corre o risco de se tornar um relicário. A diferença entre os dois times não está só no resultado. Está na mentalidade.
O que a audiência viu — e o que não viu
A transmissão oficial da ESL foi em inglês, com mais de 1,2 milhão de espectadores simultâneos no Twitch. No Brasil, o público contou com a cobertura da Alexandre "Gaules" Borba e sua equipe "Tribo". Mas houve um detalhe curioso: por causa de "marca e imagem", como anunciado no canal do Gaules em 3 de novembro, os VODs só ficam disponíveis 24 horas após o fim da transmissão ao vivo. Isso significa que, embora milhões assistam ao vivo, o conteúdo não pode ser reutilizado, compartilhado ou comentado livremente. É uma política que divide: para alguns, protege o patrocínio; para outros, sufoca a cultura do fandom. A comunidade brasileira já reclama nas redes: "Se a transmissão é nossa, por que não podemos ver depois?"O que vem a seguir
A FURIA agora enfrenta o vencedor entre FaZe Clan e MOUZ — provavelmente o FaZe, que vem em grande fase. Se avançar, pode enfrentar a Natus Vincere ou a Heroic nas finais. O prêmio? $400 mil. O status? O de melhor time sul-americano da história. Já o paiN caiu para a Lower Bracket, mas ainda tem uma chance de voltar — só que agora contra equipes como 3DMAX ou TYLOO, que não são menos perigosas. O tempo está apertado. O cansaço, real. E a pressão, maior do que nunca.
Contexto histórico: o peso da tradição
Em 2021, o paiN foi campeão da ESL One Rio, o primeiro título mundial de CS:GO no Brasil. A FURIA, na época, mal existia. Hoje, a situação se inverteu. A FURIA venceu três grandes torneios em 2025; o paiN, nenhum. A mudança não foi acidental. Enquanto a FURIA investiu em estrutura física, análise de dados e psicologia esportiva, o paiN manteve o modelo antigo: contratações por nome, treinos informais, pouca análise. O resultado? A FURIA é a nova referência. O paiN, uma sombra do que foi. O torneio em Chengdu não inventou isso. Ele só expôs.As emoções do público
No chat da transmissão brasileira, as reações foram divididas. Enquanto os fãs da FURIA gritavam "Brasil! Brasil!" nos momentos decisivos, os do paiN ficaram em silêncio. Um tweet do jogador YEKINDAR, depois da vitória: "Não é só jogo. É representar o país inteiro." Já um comentário anônimo no fórum do paiN dizia: "Se não mudar, não tem futuro. E se não tem futuro, por que ainda torço?"Frequently Asked Questions
Como a FURIA conseguiu superar a G2 Esports?
A FURIA venceu a G2 por 2-1 em um BO3 que durou mais de 4 horas. O segredo foi a adaptação tática: no mapa Mirage, usaram uma estratégia de "push rápido" com FalleN e YEKINDAR, forçando erros da G2 na defesa. No Nuke, o time se fechou e jogou contra o relógio, aproveitando a pressão da G2 para fazer contragolpes. A equipe também melhorou drasticamente sua comunicação — algo que vinha sendo criticado desde a ESL Pro League Season 22.
Por que o paiN Gaming foi tão fraco contra o Team Spirit?
O paiN perdeu a consistência tática após o primeiro mapa. Enquanto o Team Spirit tinha um plano claro de controle de espaços e uso de fumacês, o paiN tentou repetir jogadas que funcionaram contra times menores. Donk, do Team Spirit, anotou 41 kills — o mais alto do torneio até então. Além disso, o suporte do paiN não conseguiu acompanhar o ritmo, e o mapa Overpass foi uma catástrofe: três jogadores foram eliminados em menos de 15 segundos no início da segunda metade.
Qual é o impacto dessa derrota para o esports brasileiro?
A derrota do paiN reforça a desigualdade entre os times brasileiros. Enquanto a FURIA atrai patrocinadores internacionais e treinadores de elite, o paiN ainda depende de apoios locais. Isso afeta o desenvolvimento de jovens jogadores: se o único time com tradição está em crise, o que os novatos têm para se inspirar? A Federação Brasileira de Esports ainda não apresentou um plano de apoio para equipes fora do topo — e isso pode comprometer o crescimento do setor a longo prazo.
Por que a transmissão da Tribo tem 24 horas de atraso?
A restrição foi imposta por acordo com patrocinadores da FURIA e da ESL, que querem controlar o uso de conteúdo audiovisual. A ideia é evitar que vídeos sejam usados por concorrentes sem licença. Mas isso gerou revolta entre os fãs, que sentem que o conteúdo produzido por Gaules e sua equipe — em português, com contexto local — está sendo "sequestrado". A própria equipe da Tribo já pediu revisão do acordo, mas até agora sem resposta.
O que a IEM Chengdu 2025 revelou sobre o futuro do CS2?
O torneio mostrou que o CS2 está cada vez mais técnico e menos dependente de "jogadores individuais". Equipes como o Team Spirit e a FURIA vencem com estratégia, adaptação e preparo mental — não só com mira. A tendência é que os times com estrutura profissional dominem. O Brasil, que viveu o boom do "jogador solitário", precisa se adaptar. Caso contrário, o futuro será dominado por equipes da Europa e da Ásia — e os brasileiros serão apenas espectadores.
Mano, a FURIA tá no nível dos top 5 do mundo mesmo. FalleN jogando como se tivesse 25 anos e não 32, e o YEKINDAR tá numa fase que parece que o CS2 foi feito pra ele. O paiN... sério, tá no modo automático, sem rumo. Não é só falta de treino, é falta de alma.
o paiN tá tão ruim q nem o time de futsal da minha cidade joga melhor
Eu entendo que o paiN tem história, mas a gente não pode viver de saudade. A FURIA tá construindo algo real: estrutura, análise, psicologia. O paiN ainda acha que basta ter um nome famoso no time. E agora? A geração nova vai olhar pra onde? Pra trás? Não dá mais.
Se o Brasil quer ser relevante no CS2, precisa investir em quem tá fazendo acontecer, não em fantasmas.
ah sim claro, a FURIA é o futuro... e o paiN é o passado... e o Gaules é o messias da transmissão... e o YEKINDAR é o filho de Deus... tudo tão óbvio que até meu gato entende.
Se o time tá bom, é mérito da estrutura. Se tá ruim, é por causa da falta de investimento. Mas cadê os jogadores? Será que ninguém tá pensando que talvez... só talvez... eles não são máquinas?
Brasil tem 15 milhões de jogadores de CS2 e só dois times na IEM? Isso é um crime. Tem galera jogando em cyber café com mouse de R$50 e é melhor que o paiN. A gente precisa de mais oportunidades, não só de dois times sendo espremidos. A FURIA tá boa, mas o país precisa de mais. Não pode ser só eles ou ninguém.
Se o governo não ajuda, os fãs têm que se organizar. Campanha de crowdfunding pra ajudar times pequenos. Tá na hora de a gente fazer algo, não só reclamar.
o paiN perdeu por que o Donk é um deus e o técnico é um amador. ponto final. FURIA venceu por que tem dinheiro e não tem medo de trocar jogador. o resto é discurso. não tem mágica. é só dinheiro e vontade.
o paiN tá tão ruim que até o chat do Gaules ficou em silêncio. eu juro que ouvi um fantasma tossindo no meio da partida. alguém me diz: o que eles estão fazendo ali? são os mesmos que ganharam o Rio 2021? ou só o nome?
É importante observar que a diferença entre FURIA e paiN não está apenas na performance, mas na cultura organizacional. A FURIA adotou práticas de elite: análise de dados em tempo real, rotinas de sono monitoradas, psicólogos esportivos e até nutricionistas dedicados. O paiN ainda opera com planilhas do Excel de 2018 e treinos baseados em intuição. Isso não é acaso. É escolha. E escolhas têm consequências.
Além disso, a comunicação da FURIA é clara, consistente e adaptável. No BO3 contra a G2, eles mudaram de estratégia entre mapas com precisão cirúrgica. O paiN, por outro lado, repetiu padrões obsoletos mesmo quando o adversário os neutralizava. Isso é falta de adaptação, não falta de sorte.
Quem acha que esports é só mira e reação está vivendo em 2015. O CS2 moderno é um jogo de xadrez com fumacês. E a FURIA está jogando o jogo certo.
ah sim, claro, a FURIA é o futuro porque venceu um mapa. mas e se amanhã eles perderem pro time do seu primo no discord? será que ainda vai ser o futuro? ou só mais um time que a gente esquece quando o patrocínio acaba? o paiN tem história, a FURIA tem grana. e o resto da galera? tá na merda. mas tá tudo bem, porque o Gaules tá lá, falando bonito, e a gente acha que isso é progresso.
eu tô cansado de ouvir que "é mentalidade". se fosse mentalidade, o paiN teria vencido o primeiro mapa e continuado. mas não. eles desmoronaram. porque são humanos. e não máquinas de dinheiro.
será que a gente não tá confundindo sucesso com visibilidade? a FURIA tá no topo porque tem marketing, não porque é melhor. o paiN perdeu? tá tudo bem. talvez o verdadeiro campeão seja quem ainda torce, mesmo quando o time não merece. a tradição não se compra. se compra, é só um produto. e produto vira lixo quando o patrocínio acaba.
eu não quero ver um Brasil de times corporativos. quero ver um Brasil de garotos que jogam por amor. mesmo que percam. mesmo que não tenham analistas. mesmo que o som do mouse quebre o silêncio da madrugada.
mas e o suporte do paiN? o que aconteceu com ele? ele tá bem? vi que ele não fez nenhuma assistência no Overpass. será que tá com problema de saúde? ou só desmotivado? alguém sabe algo?