Flamengo esfria na Argentina e só empata com Central Córdoba
O Flamengo entrou em campo nesta quarta-feira no Estadio Único Madre de Ciudades, mas parece ter esquecido o brilho que costuma encantar a Nação Rubro-Negra. O empate por 1 a 1 com o Central Córdoba, pela fase de grupos da Libertadores, deixou um gosto amargo – não só pelo resultado, mas pelo jeito apático como o time se apresentou diante de um adversário tecnicamente inferior, mas muito mais ligado em campo.
Começo de jogo e já deu para sentir o clima tenso. O Central Córdoba foi direto ao ponto: logo aos 10 minutos, os argentinos abriram o placar aproveitando uma das poucas falhas defensivas do Flamengo. E não pense que foi um gol achado – o time da casa mostrou organização, uma marcação ajustada e, acima de tudo, garra para segurar os brasileiros.
O Flamengo, mesmo com mais posse de bola (foram 55% contra 45% dos donos da casa), não conseguiu traduzir a superioridade em lances perigosos. Foram apenas 4 finalizações durante o jogo, metade delas no gol do adversário. Faltou criatividade no meio, faltou movimentação no ataque e, acima de tudo, faltou aquela intensidade típica das grandes noites de Libertadores. O empate só saiu graças a um lampejo individual no segundo tempo, mas o sentimento era que dava para mais.

Números confirmam noite travada
As estatísticas jogam luz sobre essa rodada frustrante. Enquanto Central Córdoba se defendia com unhas e dentes, somando 16 desarmes e acumulando 12 faltas cometidas, o Flamengo sequer assustou tanto a meta dos argentinos — foram só 2 chutes realmente perigosos ao gol.
- Posse de bola: Flamengo 55% x 45% Central Córdoba
- Finalizações: Central Córdoba 8 (2 no gol) x Flamengo 4 (2 no gol)
- Desarmes: Central Córdoba 16 x 11 Flamengo
- Faltas cometidas: Central Córdoba 12 x 10 Flamengo
- Cartões amarelos: Flamengo 3
Aliás, os números de cartões do Flamengo ajudam a explicar a irritação dos jogadores em campo. Foram três amarelos distribuídos em lances de reclamação e faltas desnecessárias, sinal claro da dificuldade do time em controlar a partida e também a própria cabeça.
O empate mantém o grupo embolado e, apesar do susto, a classificação ainda está ao alcance dos cariocas. Só que, se quiser mesmo ir longe, o time precisa reencontrar o futebol envolvente de outros tempos. A postura desligada desta noite gerou críticas de torcedores e analistas e serve de alerta para as próximas rodadas da Libertadores. Se bater mais forte, vai precisar de muito mais que talento: garra e foco são fundamentais.